terça-feira, 26 de abril de 2011

Quando Deus Criou as Mães

Diz uma lenda que o dia em que o bom Deus criou as mães, um mensageiro se acercou dele e lhe perguntou o porquê de tanto zelo com aquela criação. Em que, afinal de contas, ela era tão especial?
O bondoso e paciente Pai de todos nós lhe explicou que aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que merecia especial cuidado.
Ela deveria ter um beijo que tivesse o dom de curar qualquer coisa, desde leves machucados até namoro terminado.
Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras que agissem depressa preparando o lanche do filho, enquanto mexesse nas panelas para que o almoço não queimasse.
Que tivesse noções básicas de enfermagem e fosse catedrática em medicina da alma.
Que aplicasse curativos nos ferimentos do corpo e colocasse bálsamo nas chagas da alma ferida e magoada.
Mãos que soubessem acarinhar, mas que fossem firmes para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes.
Mãos que soubessem transformar um pedaço de tecido quase insignificante numa roupa especial para a festinha da escola.
Por ser mãe deveria ser dotada de muitos pares de olhos. Um par para ver através de portas fechadas, para aqueles momentos em que se perguntasse o que é que as crianças estão tramando no quarto fechado.
Outro par para ver o que não deveria, mas precisa saber e, naturalmente, olhos normais para fitar com doçura uma criança em apuros e lhe dizer: "eu te compreendo. Não tenhas medo. Eu te amo", mesmo sem dizer nenhuma palavra.
O modelo de mãe deveria ser dotado ainda da capacidade de convencer uma criança de nove anos a tomar banho, uma de cinco a escovar os dentes e dormir, quando está na hora.
Um modelo delicado, com certeza, mas resistente, capaz de resistir ao vendaval da adversidade e proteger os filhos, de superar a própria enfermidade em benefício dos seus amados e de alimentar uma família com o pão do amor.
Uma mulher com capacidade de pensar e fazer acordos com as mais diversas faixas de idade.
Uma mulher com capacidade de derramar lágrimas de saudade e de dor mas ainda assim insistir para que o filho parta em busca do que lhe constitua a felicidade ou signifique seu progresso maior.
Uma mulher com lágrimas especiais para os dias da alegria e os da tristeza, para as horas de desapontamento e de solidão.
Uma mulher de lábios ternos que soubesse cantar canções de ninar para os bebês e tivesse sempre as palavras certas para o filho arrependido pelas tolices feitas.
Lábios que soubessem falar de Deus, do universo e do amor.
Que cantassem poemas de exaltação à beleza da paisagem e aos encantos da vida.
Uma mulher. Uma mãe.

Dia do Indio

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terça-feira, 19 de abril de 2011



A páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus Cristo, que de acordo com a Bíblia ocorreu três dias após a sua crucificação. É comum em todas as igrejas cristãs, o domingo ser um dia destinado à comemoração da ressurreição de Cristo, realizada através de Eucaristia, porém o domingo de páscoa é diferenciado dos outros, neste é celebrado o aniversário da ressurreição, a festa da vida. 

A festa da páscoa faz referência à última ceia de Jesus com os discípulos, sua prisão, julgamento, condenação, crucificação e ressurreição. A celebração inicia no domingo de Ramos e termina no domingo de páscoa, período compreendido como Semana Santa. 

A páscoa é uma das festas mais antigas, e a principal festa do ano litúrgico cristão. Surgiu em Roma no início do segundo século. 

A forma de calcular o domingo de páscoa é contando 46 dias a partir da quarta-feira de cinzas. A páscoa cristã acontece antes da quaresma, período que dura 40 dias entre a quarta-feira de cinzas e o domingo de Ramos, que ocorre uma semana antes da Páscoa. A festa dos ramos relembra a entrada de Jesus em Jerusalém, pouco antes de sua morte. 












domingo, 3 de abril de 2011

ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DAS OPERAÇÕES

ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DAS OPERAÇÕES

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Muitas vezes o ensino das operações em Matemática tem sido feito da seguinte maneira:

a) definem-se as operações;

b) apresentam-se suas propriedades;

c) propõem-se alguns problemas como "modelo", apresentando-se suas resoluções;

d) propõem-se uma lista de problemas "parecidos" com os já vistos.

Os alunos observam o professor, que resolve um exercício "de cada tipo", como modelo. Depois resolvem uma série de outros parecidos. Não fazem mais do que repetir instruções.
Com isso, os alunos se acostumam a receber todo o conhecimento pronto, dado pelo professor. É o professor que escolhe os assuntos, explica tudo, diz o que deve ser feito, indica e corrige os erros. Os alunos não pensam, não discutem. Esperam que o professor pense no lugar deles, inclusive na hora de resolver um problema de Matemática.
A experiência tem mostrado que esse método, em geral, não amplia a compreensão sobre as operações ou outro assunto qualquer.
Por exemplo, muitos alunos conhecem os nomes das propriedades operatórias, mas não sabem dizer quando elas são úteis. Conhecer o nome de alguma coisa, sem saber para quê ela serve, não costuma valer a pena.
Por outro lado, os problemas deveriam fazer sentido para os alunos. Infelizmente, isso nem sempre acontece. É fácil descobrir problemas sem sentido em alguns livros didáticos.
Por exemplo: "Um leitão pesa 95 quilos. A carne desse leitão pesa 63 quilos. Quanto pesa o toucinho?"
- Não teria esse leitão ossos, couro, pêlos, estômago, intestino, etc.? Numa escola de zona rural, os alunos certamente dariam boas risadas desse problema, mas não melhorariam seus conhecimentos de Matemática!
O resultado dessa falta de sentido é que os alunos efetuam contas, calculam expressões numéricas e até chegam à solução de problemas, mas de maneira puramente mecânica, pois o que não faz sentido não estimula o raciocínio.


Existem alternativas?
É claro que a mudança desse quadro não é simples. Entretanto, é possível. Pode-se ajudar a criança a raciocinar, ela mesma, sobre um problema, em vez de raciocinar por ela.
Raciocinar é pensar com a própria cabeça, com autonomia. Requer o enfrentamento de situações novas na busca de soluções até então desconhecidas. Para desenvolver a capacidade de raciocínio da criança através de problemas, é preciso que ela própria crie as soluções dos problemas.
Para isso, um bom caminho é pedir que os alunos leiam o enunciado do problema e perguntem o que não entenderam. Em seguida, o professor pode fazer várias perguntas sobre o enunciado. Algumas perguntas podem não ter relação direta com a resolução do problema, mas podem ajudar a compreender melhor a situação apresentada, atraindo a atenção dos alunos, incentivando-os a se imaginarem como parte da mesma, exercitando seu pensamento enquanto procuram explicações para os fatos apresentados no problema.
É muito importante que o professor peça às crianças que dêem sugestões de como o problema pode ser resolvido. Para ajudá-las a pensar, toda vez que uma criança propõe que se faça esta ou aquela operação, deve-se pedir que explique como chegou a isso. Talvez não consiga explicar, mas outra poderá fazê-lo e essa troca de idéias é excelente. Dessa maneira, as crianças estarão elaborando um raciocíno e construindo uma solução para o problema.
Além disso, um problema pode apresentar mais de uma forma de resolução. As crianças podem ser estimuladas a apresentar vários caminhos para chegar à solução do problema. Todas as sugestões devem ser discutidas com a classe. Resolver um mesmo problema por caminhos diferentes ajuda muito. Quem não entendeu a primeira resolução poderá, de repente, compreendê-la se voltar a pensar no problema de outra maneira.
Em resumo, o diálogo é indispensável. As crianças precisam ser estimuladas a ter idéias e a falar sobre suas idéias.
Prestar atenção ao que o aluno diz, procurar entendê-lo, aceitar suas idéias mesmo quando elas nos parecem estranhas, explicar com calma, caso a criança esteja enganada, são atitudes que incentivam a pensar, a raciocinar. Mais ainda: ajudam a gostar disso .

Problemas? Que problemas?

Nem todo problema permite um trabalho interessante com os alunos. Alguns são simples demais, outros complicados demais, outros nem sequer fazem sentido. Experimentando uma grande variedade de problemas, sempre com a preocupação de levar os alunos a raciocinarem, o professor vai selecionando os melhores e descobrindo a melhor maneira de trabalhá-los com os alunos.
Assim, poderá formar uma bela coleção de problemas para cada uma das séries. É importante manter uma espécie de "diário" de resoluções de problemas: cada problema em uma ficha ou folha de papel, com o registro de tudo o que aconteceu durante o trabalho com os alunos. A partir disso, pode-se até pensar em um sistema de intercâmbio de problemas comentados e, ao término desse curso, poderíamos pensar em publicar o "nosso" acervo coletivo de problemas. Seria uma maneira de colaborar com os colegas que, por algum motivo, não puderam se engajar neste curso.
"Resolução de problemas" é um dos assuntos mais discutidos atualmente no ensino da Matemática. Há muitas pessoas, no mundo inteiro, estudando a questão. Aqui apresentamos somente alguns aspectos, que estão longe de esgotar o tema, mas oferecem uma primeira oportunidade para refletir e, quem sabe, experimentar uma estratégia nova em sala de aula.

*fonte: http://alfabetizacaoecia.blogspot.com/2010_06_01_archive.html